quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Placebo

Do vício entorpeço novos prismas
Dos novos prismas um novo oásis
Do oásis mais uma miragem
Da miragem a vontade do engano

Do engano um contentamento torpe
De tão torpe mais vícios e prismas
De vícios e prismas: o oásis não é mais que areia
O grão que se torna pão: apenas para aquele que se farta

De vícios correntes, nós e teia
Coração: Portão de Tróia; prenda parta
Imagens tortas, vívidas miragens
Sede d'água que nunca existiu na areia

Paixão, Saara, Celsius derme queima
Vicia o ser e a pena do poeta
Sangue viciado: corre quente livre; infla a veia...
Crível latejante dor: Placebo; barba falsa de profeta

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